Prefeito Ivan Leite aciona Justiça e consegue impedir passeata no Dia da Independência

O Grito do Povo, movimento social de grande apoio, foi proibido de sair às ruas do município de Estância. Militantes classificam interferência como tirânica e truculenta.

No último dia 07, feriado em que se comemora a independência do Brasil do domínio português, data que ostenta o emblema da liberdade, o povo estanciano sentiu a truculência dos poderes opressores e pranteou, desenganado, sobre os incertos tecidos da Justiça. A manifestação O Grito do Povo, através da interferência do gestor municipal, Ivan Santos Leite, juntamente com a Justiça local, foi (segundo palavras de militantes sociais) ditatorialmente impendida de ocupar as ruas e espalhar as suas vozes. Alguns desses militantes, que se manifestaram fortemente nas redes sociais, divulgaram uma nota ao povo estanciano. Confira o texto da organização d'O Grito do Povo veiculado via Facebook:
INDEPENDÊNCIA SEM LIBERDADE NÃO É INDEPENDÊNCIA
Hoje, 7 de setembro de 2012, aconteceria "O 2º GRITO DO POVO" organizado pelo movimento sindical e movimento social, mas a administração municipal impediu através de ação judicial, que definiu uma multa de 50 mil reais em caso de desobediência além de outras penalidades para os organizadores como a perda dos mandatos em seus sindicatos.

No noticiário da noite da TV veremos o povo se manifestando democraticamente em milhares de cidades brasileiras, inclusive em Aracaju após o desfile cívico, mas aqui em Estância teremos que ficar calados para não sermos presos como bandidos.

Tudo isso porque o prefeito não suporta ver o público aplaudir calorosamente a passagem do Grito do Povo e suas alegorias, onde fazemos a crítica com bom humor, mas sem agredir. Este ano levaríamos para as ruas dois bonecos gigantes, Dr. Tesourão, o Cortador de Salário e Borges Contramão - além de outras novidades.

Por fim observamos que a realidade das escolas da rede municipal durante o desfile é uma, com muito brilho e muita pompa, mas na vida real, sem plumas nem paetês é outra bem diferente, onde os professores recebem um dos piores salários do Brasil e os estudantes não dispõem de condições materiais para aprender adequadamente.

Coordenação do Grito do Povo